sábado, 13 de junho de 2009

POR QUE AINDA VIVEMOS NAS "CAVERNAS"?

Segundo Platão, podemos dividir o contexto do existir entre duas realidades distintas as quais classificou como: mundo das idéias e mundo das coisas ou material. O mundo das idéias consiste num tipo de realidade que retrata a perfeição em tudo que conhecemos nesta dimensão física, ou seja, uma cópia desta dimensão física levada à máxima plenitude. Em função disso os seres que habitam este mundo das coisas vivem numa forma de ilusão que para eles consiste na mais pura realidade e acreditam que aquilo que vêem, ouvem e sentem, são exatamente da forma como se apresentam. Platão ilustra este apontamento através de um texto chamado de mito da caverna que faz uma analogia do nosso modo de vida semelhante à pessoas que vivem num cinema e aquilo que elas vêem na tela é a sua realidade última.
Mas precisamos sair desta caverna e vislumbrar outras variantes da realidade além daquilo que os nossos sentidos orgânicos nos fornecem de um modo muito limitado apesar de sua enorme utilidade. Entretanto a grande questão é: Como perceber que se vive numa caverna e de que modo podemos almejar sair dela em definitivo?
Parece de certo modo fácil falando dessa maneira, no entanto este conjunto de ações de caráter individual e impessoal, demanda uma quantidade de esforço e trabalho quase sobre-humano por se tratar de um desafio que consiste em vencer ou superar a si mesmo. A maior parte de nós precisa de orientadores que realmente nos desperte neste sentido, trabalho esse iniciado por nossos professores da fase escolar e até da própria Universidade ou Faculdade. Infelizmente temos um modelo educacional muito aquém das nossas necessidades e muito raro encontramos alguém que começou algo neste rumo.
Assim precisamos ler as entre-linhas da vida, perceber os sinais que nos chegam a partir das diversas ações que tomamos no curso natural da nossa vida pessoal e estar receptivo a realizar aquelas mudanças cruciais que fatalmente nos conduzirá à saída da caverna que a nossa estrutura psíquica abriga. Então leituras construtivas que estimulem o nosso intelecto, explore a nossa base racional substituindo paradigmas, removendo certos condicionamentos que carregamos ao longo de tenras idades e fases e a partir daí reunimos mínimas condições com vistas a transcender limites intransponíveis de nossas interiorizações mal elaboradas.
Caro leitor, o processo analisado desta forma deixa claro que pra sair das nossas cavernas ou condicionamentos internos, implica que sem a nossa sincera vontade de transcender nada poderá ser feito e continuaremos aprisionados na ilusão de uma vida real tão virtualmente jamais vivida.
Pense nisso!!!

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